Um espaço para idéias e conceitos que estimulem o desenvolvimento pessoal e social humano.
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sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
O melhor exercício para a mente...
Muitos estão iludidos com a idéia de que informação é aprendizado.
Informação não é aprendizado, nem nunca foi. Muito menos sabedoria. Não é o bom senso e não diferencia certo de errado.
Saber qual a área do estado de São Paulo em Km quadrados, ou quantas copas do mundo a Alemanha participou, ou a capacidade de processamento de computador pode ser útil ou valioso, mas não é aprendizado.
Se informação fosse aprendizado, você se tornaria inteligente memorizando a Barsa (última publicação, se é que ainda existe). Se você memorizasse a Barsa, não seria inteligente... você seria, no mínimo, esquisito.
Minha mensagem é para exaltar a maior e melhor de todas as vias de acesso à aprendizagem, à sabedoria, à diversão, à aventura, ao prazer, ao discernimento, ao entendimento da natureza humana, ao entendimento de nós mesmos e ao nosso mundo e nosso lugar nele: LIVROS!!
Não importa se é best-seller ou best-writer, importa é que você leia. Ler um livro é ter um tempo com você e você mesmo: é ler e se identificar com a personagem do romance; é ler e sentir-se na pele do autor; é ler e perceber que sua vida está a um passo de mudar para sempre.
Tenho uma paixão por ler e reler minha vida como se fosse um dos meus livros. É como um livro aberto onde eu escrevo cada página, seja ela rasurada, marcada, virada ou rasgada, escrita a lápis ou caneta... Todo livro me presenteia com a noção de onde estou, de onde vim e para onde vou. Não há orkut, twitter, facebook ou qualquer outra coisa que forneça a alegria imensa pelo tempo gasto com um bom livro...
É isso ai...
Assim como diria um velho professor...
"Essa é a idéia!" (Só quem sabe quem é esse professor vai entender!!)
OBS: primeiro texto que escrevo... não fiz questão de reler senão eu ia apagar...
Informação não é aprendizado, nem nunca foi. Muito menos sabedoria. Não é o bom senso e não diferencia certo de errado.
Saber qual a área do estado de São Paulo em Km quadrados, ou quantas copas do mundo a Alemanha participou, ou a capacidade de processamento de computador pode ser útil ou valioso, mas não é aprendizado.
Se informação fosse aprendizado, você se tornaria inteligente memorizando a Barsa (última publicação, se é que ainda existe). Se você memorizasse a Barsa, não seria inteligente... você seria, no mínimo, esquisito.
Minha mensagem é para exaltar a maior e melhor de todas as vias de acesso à aprendizagem, à sabedoria, à diversão, à aventura, ao prazer, ao discernimento, ao entendimento da natureza humana, ao entendimento de nós mesmos e ao nosso mundo e nosso lugar nele: LIVROS!!
Não importa se é best-seller ou best-writer, importa é que você leia. Ler um livro é ter um tempo com você e você mesmo: é ler e se identificar com a personagem do romance; é ler e sentir-se na pele do autor; é ler e perceber que sua vida está a um passo de mudar para sempre.
Tenho uma paixão por ler e reler minha vida como se fosse um dos meus livros. É como um livro aberto onde eu escrevo cada página, seja ela rasurada, marcada, virada ou rasgada, escrita a lápis ou caneta... Todo livro me presenteia com a noção de onde estou, de onde vim e para onde vou. Não há orkut, twitter, facebook ou qualquer outra coisa que forneça a alegria imensa pelo tempo gasto com um bom livro...
É isso ai...
Assim como diria um velho professor...
"Essa é a idéia!" (Só quem sabe quem é esse professor vai entender!!)
OBS: primeiro texto que escrevo... não fiz questão de reler senão eu ia apagar...
terça-feira, 15 de junho de 2010
O humano possível. (Robert Heinlein)
Um ser humano deveria ser capaz de trocar uma fralda, planejar uma invasão, fatiar um porco, construir um barco, projetar um edifício, escrever um soneto, fazer balanço contábil, erguer uma parede, colar um osso, confortar os agonizantes, receber ordens, dar ordens, cooperar, agir sozinho, resolver equações, analisar um problema novo, preparar adubo, programar um computador, preparar uma refeição saborosa, saber lutar, morrer com galhardia. Especialização é para insetos!!
Estamos com fome de amor... (Arnaldo Jabor)
O que temos visto por ai?
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicas, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirúrgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas?
Chegam sozinhas e saem sozinhas... Empresários, advogados, engenheiros, analistas e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não! Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama... sexo de academia.
Fazer um jantar para quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas.
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção... Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamento "ORKUT", " PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: ""Quero um amor para a vida toda!", "Eu sou para casar!" até a desespenrançada "Nasci para viver sozinho!".
Unindo milhares, ou milhões, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com caras de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário... para chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas...
Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-se parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí? Seja ridículo mas seja feliz e não seja frustrado.
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo para ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...
Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, para que pensar nele?"
Dá para ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe de nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!
Para ler, divulgar e... praticar!!
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes. Com suas danças e poses em closes ginecológicas, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirúrgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer... mas?
Chegam sozinhas e saem sozinhas... Empresários, advogados, engenheiros, analistas e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.
E não é só sexo não! Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama... sexo de academia.
Fazer um jantar para quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas.
Sabe essas coisas simples, que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.
Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção... Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamento "ORKUT", " PAR-PERFEITO" e tantos outros, veja o número de comunidades como: ""Quero um amor para a vida toda!", "Eu sou para casar!" até a desespenrançada "Nasci para viver sozinho!".
Unindo milhares, ou milhões, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...
Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento, e percebemos a cada dia mulheres e homens com caras de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário... para chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodê, brega, famílias preconceituosas...
Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-se parecer ridículos, abobalhados...
Mas e daí? Seja ridículo mas seja feliz e não seja frustrado.
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor... você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo para ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...
Perceba aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, ou talvez a pessoa que nada tem haver com o que imaginou mas que pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...
Quem disse que ser adulto é ser ranzinza?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, para que pensar nele?"
Dá para ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...
O que realmente, não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas, maquiada, e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda, na TV, e também na playboy e nos banheiros, eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe de nossos filhos, gostamos sim de olhar, e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.
Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...
Porque ter medo de dizer isso, porque ter medo de dizer: "amo você", "fica comigo", então não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!!
Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!
Para ler, divulgar e... praticar!!
segunda-feira, 14 de junho de 2010
Uma mensagem a Garcia
Recebi esse texto em um treinamento que fiz. Foi de grande importância para mim, assim como deve ter sido para todos aqueles que antes de mim o leram. Espero que seja de grande importância para o leitor e que possamos assim, continuar com o processo de divulgação.
Transcrevo exatamente assim como recebi.
APOLOGIA AO AUTOR:
Esta insignificância literária, "Uma mensagem a Garcia", escrevia-a uma noite, depois do jantar, em uma hora. Foi a 22 de fevereiro de 1889, aniversário natalício de Washington, e o número de março da nossa revista "Philistine" estava prestes a entrar prelo. Encontrava-me com disposição para escrever, e o artigo brotou espontâneo no meu coração, redigido, como foi, depois de um dia afanoso, durante o qual tinha procurado convencer alguns moradores um tanto retinentes do lugar de que deviam sair do estado comatoso em que se compraziam, esforçando-me por incutir-lhes radioatividade. A idéia original, entretanto, veio-me de um pequeno argumento ventilado por meu filho Bert, ao tomarmos um café, quando ele procurou sustentar ter sido Rowan o verdadeiro herói da Guerra de Cuba. Rowan pôs-se a caminho só e deu conta do recado - levou a mensagem a Garcia. Qual centelha luminosa, a idéia assenhorou-se de minha mente. É verdade, disse comigo mesmo, o rapaz tem toda a razão, o herói é aquele que dá conta do recado - que leva a mensagem a Garcia.
Levantei-me da mesa e escrevi "Uma mensagem a Garcia" de uma assentada. Entretanto, liguei tão pouca importância a esse artigo que até foi publicado na Revista sem qualquer título. Pouco depois da edição ter saído do prelo, começaram a afluir pedidos para exemplares adicionais do número de março da Philistine: uma dúzia, cinqüenta, cem; e quando a American News Company encomendou mais de mil exemplares, perguntei a um dos meus empregados qual o artigo que havia levantado o pó cósmico.
- "Esse de Garcia" - retrucou-me ele.
No dia seguinte chegou um telegrama de George H. Daniels, da Estrada de Ferro Central de Nova Iorque dizendo: "Indique o preço para cem mil exemplares artigo Rowan, sob forma de folheto, com anúncios estrada de ferro no verso. Diga também até quando pode fazer a entrega." Respondi indicando o preço e acrescentando que podia entregar os folhetos dali a dois anos. Dispunhamos de facilidades restritas e cem mil folhetos afiguravam-se-nos um empreendimento de monta. O resultado foi que autorizei o Sr. Daniels a reproduzir o artigo em conforme lhe aprouvesse. Fê-lo então em forma de folhetos e distribuiu-os em tal profusão que duas ou três edições de meio milhão se esgotaram rapidamente. Além disso, foi o artigo reproduzido em mais de duzentas revistas e jornais. Tem sido traduzido por assim dizer, em todas as línguas faladas. Aconteceu que, justamente quando o Sr. Daniels estava fazendo a distribuição da Mensagem a Garcia, o Príncipe Hilakoff, diretor das Estradas de Ferro Russas, se encontrava nesse país. Era hóspede da Estrada de Ferro Central de Nova Iorque, percorrendo todo o país acompanhando o Sr. Daniels. O príncipe viu o folheto, que o interessou, mais pelo fato de ser o próprio Sr. Daniels quem o estava distribuindo em tão grande quantidade que, propriamente, por qualque outro motivo.
Como quer que seja, quando o príncipe regressou à sua pátria mandou traduzir o folheto para o russo e entregar um exemplar para cada empregado da estrada de ferro na Rússia. O breve trecho foi imitado por outros 5 países; da Rússia, o artigo passou para a Alemanha, França, Turquia, Hinduquistão e China. Durante a guerra entre Rússia e Japão, foi entregue a cada soldado russo que se destinava ao front.
Os japoneses, ao encontrarem os livrinhos em poder dos prisioneiros russos, chegaram a conclusão de que havia de ser coisa boa, e não tardaram a traduzir para o japonês. Por ordem de Mikado foi distribuido um exemplar para cada empregado, civil ou militar, do Governo Japonês. Para cima de quarenta milhões de exemplares de "Mensagem a Garcia" têm sido impressos, o que é sem dúvida a maior circulação jamais atingida por qualquer trabalho literário durante a vida do autor, graças a uma série de circunstâncias felizes.
Elbert Green Hubbard. Aurora Nascente, 01 de dezembro de 1913.
UMA MENSAGEM A GARCIA (Elbert Green Hubbard)
Em todo este caso cubano, um homem se destaca no horizonte de minha memória como o planeta Marte no seu periélio. Quando irrompeu a guerra entre a Espanha e os Estados Unidos, o que importava a estes era comunicar-se a mente com o chefe dos insurretos, Garcia, que se sabia encontrar-se em alguma fotaleza do interior do sertão cubano, mais sem que se pudesse precisar exatamente onde. Era impossível comunicar-se com ele pelo correio ou pelo telégrafo. No entanto, o presidente tinha que tratar de assegurar-se de sua colaboração, e isto quanto antes. Que fazer?
Alguém lembrou ao presidente: "há um homem chamado Rowan; e se alguma pessoa é capaz de encontrar Garcia, há de ser o Rowan". Rowan foi trazido à presença do presidente, que lhe confiou uma carta com a incubência de entregá-la a Garcia. De como este homem, Rowan, tomou a carta, meteu-a num invólucro impermeável, amarrou-a sobre o peito, e, após quatro dias, saltou de um barco sem coberta, alta noite, as costas de Cuba; de como se embrenhou no sertão, para, depois de três semanas, surgiu do outro lado da ilha, tendo atravessado a ´pé um pais hostil, e entregando a carta de Garcia - são coisas que não vêm ao caso narrar aqui pormenorizadamente. O ponto que desejo frizar é este: Mac Kinley deu a Rowan uma carta para ser entregue a Garcia; Rowan pegou a carta e nem sequer perguntou: "onde é que ele está?": Hosana! Está ai um homem cujo busto merecia ser fundido em bronze imarcescível (minha nota: incorruptível, indestrutível) e sua estátua colocada em cada escola do país. Não é de sabedoria livresca que a juventude precisa, nem de instrução sobre isto ou aquilo. Precisa, sim, de um endurecimento das vértebras, para poder mostrar-se altívo no exercício de um cargo; para atuar com diligência para dar conta do recado; para, em suma, levar uma mensagem à Garcia.
O general Garcia já não é deste mundo, mas há outras mensagens para serem entregues. A nenhum homem que se tenha empenhado em levar avante uma empresa, em que a ajuda de muitas se torne precisa, têm sido poupados momentos de verdadeiro desespero ante a inbecilidade de grande número de homens, ante a inabilidade ou falta de disposição de concentrar a mente numa determinada coisa e fazê-la.
Assistência irregular, desatenção tola, indiferença irritante e trabalho mal feito parecem ser a regra geral. Nenhum homem pode ser verdadeiramente bem sucedido, salvo se lançar a mão de todos os meios ao seu alcance, quer da força, do suborno, para obrigar outros homens a ajudá-lo, a não ser que Deus Onipotente, na sua grande misericórdia, faça um milagre enviando-lhe como auxiliar um anjo de luz.
Leitor amigo, tu mesmo podes tirar a prova. Estas sentando no teu escritório, rodeado de meia dúzia de empregados. Pois bem, chama um deles e pede-lhe: "queira ter a bondade de consultar a enciclopédia e, de me fazer uma descrição sucinta da vida de Correggio" (minha nota: pseudônimo do pintor italiano Antonio Allegri, que nasceu em 1490, na cidade de Correggio).
Dar-se-á o caso de o empregado dizer calmamente: "sim, senhor" e executar o que se lhe pediu? Nada disso! Olhar-te-á perplexo e de soslaio para fazer uma ou mais das seguintes perguntas:
- Quem é ele?
- Que enciclopédia?
- Onde é que está a enciclopédia?
- Fui eu acaso contratado para fazer isso?
- Não quer dizer Bismark?
- E se Carlos o fizesse?
- Já morreu?
- Precisa disso com urgência?
- Não será melhor que eu traga o livro para que o senhor mesmo procure o que quer?
- Para que quer saber isso?
E aposto dez contra um que, depois de haveres respondido a tais perguntas, e explicado a maneira de procurar os dados perdidos e a razão por que deles precisas, teu empregado irá pedir a um companheiro que o ajude a encontrar Garcia, e depois voltará a dizer que tal homem não existe.
Evidentemente, pode ser que eu perca a aposta; mas, segundo a lei das médias, jogo na certa. Ora, se fores prudente, não te darás ao trabalho de explicar ao teu "ajudante" que Correggio se escreva com "C" e não com "K", mas limitar-te-ás a dizer meigamente, esboçando o melhor sorriso: "não faz mal; não se incomode", e dito isto, levantar-te-ás e procurarás tu mesmo. E esta incapacidade de atuar independentemente, está inépcia moral, está incalivez na vontade, está atrofia de disposição de solicitamente se pôr em campo e agir - são as coisas que recuam para um futuro tão remoto o advento do socialismo puro.
Se os homens não tomam a iniciativa de agir em seu próprio proveito, que farão quando os resultado do seu esforço redundar em benefício de todos? Por enquanto, parece que os homens ainda precisam ser feitorados. O que mantém muito emprego no seu posto e o faz trabalhar é o medo de, se não o fizer, ser despedido no fim do mês.
Anuncia precisar de um taquígrafo, e nove entre dez candidatos a vaga não saberão ortografar nem pontuar - e, o que é mais, pensam que não é necessário sabê-lo. Poderá uma pessoa destas escrever uma carta a Garcia? Ou levar uma mensagem a Garcia?
- "Vê aquele guarda-livros", dizia-me o chefe de uma grande fábrica.
- "Sim, que tem?"
- " É um excelente guarda-livros. Contudo, se eu mandasse fazer um recado, talvez se desobrigasse da incubência a contento, mas também, podia muito bem ser que no caminho entrasse em duas ou três casas de bebidas e que, quando chegasse ao seu destino, já não se recordasse da incubência que lhe fora dada".
Será possível confiar-se a tal homem uma carta para entregá-la a Garcia?
Ultimamente temos ouvido muitas expressões sentimentais, externando simpatia para com os pobres entes que moureijão de sol a sol, para com os infelizes desempregados à cata de trabalho honesto, e tudo isto, quase sempre, entremeado de muita palavra dura para com os homens que estão no poder.
Nada se diz do patrão que envelhece antes do tempo, num baldado esforço para induzir eternos desgostos e descontentes a trabalhar conscienciosamente; nada se diz de sua longa e paciente procura de pessoal, que, no entando muitas vezes nada mais faz do que "matar o tempo", logo que ele volta as costas.
Não há empresa que não esteja despedindo pessoal que se mostra incapaz de zelar pelos seus interesses afim de substituí-lo por outro mais apto. Este processo de seleção por eliminação está se operando incessantemente, em tempos adversos, com a única diferença que, quando os tempos são maus e o trabalho escasseia, a seleção se faz mais excrupulosamente, pondo-se fora, para sempre, os incopetentes e inaproveitáveis. É a lei de sobrevivência do mais apto.
Cada patrão, no seu prórpio interesse, trata somente de guardar os melhores - aqueles que podem levar uma mensagem a Garcia.
Conheço um homem de aptidões realmente brilhantes, mas sem a fibra precisa para gerir um negócio próprio e que ademais se torna completamente inútil para qualquer outra pessoa, devido a sua suspeita insana que constantemente abriga de que seu patrão esteja oprimindo ou tensiona oprimi-lo. Sem poder mandar, não tolera que alguém o mande. Se lhe fosse confiada uma mensagem a Garcia, retrucaria provavelmente: "leve-a você mesmo!".
Hoje este homem perambula errante pelas ruas em busca de trabalho em quase petição de miséria. No entanto, ninguém que o connheça se aventura a dar-lhe trabalho porque é a personificação do descontentamento e do espírito de réplica. Refratário a qualquer conselho ou ademoestação, a única capaz de nele produzir algúm efeito seria um pontapé dado com a ponta de uma bota de número 42, sola grossa e bico largo.
Sei, não resta dúvida, que um indivíduo moralmente aleijado, como este, não é menos digno de compaixão que fisicamente aleijado. Entretanto, nesta demonstração de compaixão vertamos também uma lágrima pelos homens que se esforçam por levar avante uma grande empresa, cujas horas de trabalho não estão limitadas pelo som do apito e cujos cabelos ficam prematuramente encanecidos na incessante luta em que estam empenhados contra a diferença desdenhosa, contra a imbecilidade crassa e a ingratidão atróz, justamente daqueles que, sem o seu espírito empreendedor, andariam famintos e sem lar.
Dar-se-á o caso de eu ter pintado a situação em cores demasiadamente carregadas? Pode ser que sim; mas, quando todo mundo se apraz em divagações, quero lançar uma palavra de simpatia ao homem que imprime êxito a um empreendimento, ao homem que, a despeito de uma porção de empecilhos, sabe dirigir e coordenar os esforços de outros e que, após o triunfo, talvez verifique que nada ganhou; nada, salvo a sua mera subsistência.
Também eu carreguei marmitas e trabalhei como jornaleiro, como, também, tenho sido patrão. Sei portanto que alguma coisa se pode dizer de ambos os lados. Não há excelência na pobreza de per-si; farrapos não servem de recomendação. Nem todos os patrões são gananciosos e tiranos, da mesma forma que nem todos os pobres são virtuosos. Todas as minhas simpatias pertencem ao homem que trabalha conscienciosamente, quer o patrão esteja ou não. E o homem que, ao lhe ser confiada uma carta para Garcia, tranquilamente toma a missiva sem fazer perguntas idiotas, e sem a intensão oculta de jogá-la na primeira sarjeta que encontrar, ou praticar qualquer outro feito que não seja entregá-la ao destinatário, este homem nunca fica "encostado", nem tem que se declarar em greve para forçar um aumento de ordenado.
A civilização busca ansiosa, insistentemente, homens nestas condições.
Tudo que um tal homem pedir, ser-lhe-á de conceder. Precisa-se dele, em cada dicade, em cada vila, em cada lugarejo, em cada escritório, em cada oficina, em cada loja, fábrica ou venda.
O grito do mundo inteiro praticamente se reune nisso:
Precisa-se, e precisa-se com urgência, de um homem capaz de levar uma mensagem a Garcia.
Está é minha mensagem à você, Garcia.
Fernando Ribeiro.
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